
Olhar aberto convida,
a entrar na tua integridade do astro.
Os teus olhos oferecem
o princípio dos sentidos.
o princípio dos sentidos.
Em uníssono.
Existe o húmus do silêncio,
como se permanecesse em ti
a sonâmbula infância,
que se entrega à paisagem, sabor do mar e do mel.
que se entrega à paisagem, sabor do mar e do mel.
No teu rosto existe um sonho.
Com inteligência,
raízes com olhares nascentes.
Por em cada palavra tua, sentir-se
o ventre da árvore. Um anjo.
Num caminho,
a trajetória do vento no trigo, ensina.
a trajetória do vento no trigo, ensina.
Em perpétuo instante,
murmurado nos incêndios.
Amores. Mais fortes do que vida.
Perguntas: o que é estar na montanha?
É estar em embriaguez.
Em universo.
Rasga-se o instinto dos bichos e dos lugares.
Num sabor ao mosto do pensamento.
Um cântico. Uma alma, no tempo devorados
alma.
Uma infinita alma, dádiva, como se entoa a vindima.
Na suavidade do fruto e pele das cantigas.
Desabrocham as estações.
O outono ensina o ninho,
aos aprendizes que lhes faltam as asas.
Sempre com o equilíbrio das aves em nudez.
.
Vem acima do inaudível.
O som do violino, ouve-se a coragem dos vivos.
Pergunto-te: onde está a vida?
Respondes: está sempre onde perdes o medo.
Zita Viegas
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